Olá outra vez,
Mais uma vez casa partiu de mim! É algo estranho definir melhores amigos ou pessoas como mais próximas, principalmente porque se colocam rótulos nelas (pessoas entenda-se). Os meus melhores amigos estão em Portugal, um deles veio até Lima fazer parte da minha viagem. Com ele veio outro amigo que não sendo do lote dos melhores se torna cada vez mais num dos próximos. Todavia pelas estórias da minha vida e pelos momentos que a contêm foco-me mais no meu melhor amigo que hoje partiu de Lima de regresso a Lisboa, essa bela localidade. Assim, casa partiu mais uma vez e eu fico com os espaços e momentos vividos que mais me enriquecem e também ao estatuto de privilegiado com várias pessoas que me são muito importantes a passarem e fazerem parte desta incrível viagem que tenho vindo a realizar nos últimos meses. Já tenho data de regresso a casa e em breve com pompa e circunstância o anunciarei, tan tan tan :D :D :D
Entretanto hoje fui ao museu da Nacion aqui em Lima e constatei algo que não sabia. Desde o início dos anos 80 até ao final do ano 2000, o Peru passou por um período de convulsão interna bastante violenta com políticas de direita bastante violentas num regime dictatorial mascarado em resposta a reivindicações ainda mais violentas por parte dos maoistas do Sendero Luminoso e dos terroristas do MRTA. Conclusão mais de 60 mil mortos ou desaparecidos entre povoados do interior, cidades e populações indígenas quase dizimadas pela guerra, raptos, desaparecimentos e violações várias dos direitos humanos. Como pode então o povo que encontrei seja nas montanhas, nas cidades ou nos desertos durante passeatas ou visitas e trekkings por estas terras e gentes ser tão amistoso e hospitaleiro? É uma pergunta que cresceu em mim e me fez olhar para trás, para a viagem, e constatar um padrão de hospitalidade e amizade, entre sinceridade e honestidade, em povos que ainda hoje vivem oprimidos de forma física ou psicológica, por políticas de medo ou imposição de políticas mais restritas ás liberdades individuais (Vietname, Irão, Singapura, China). Que aprenderam estas pessoas ou aprendem que nós recusamos a aprender?
Lição com cê cedilhado ou lissão com dois esses é uma palavra indistinta na sua expressão oral, mas incorrecta (obviamente) na sua expressão escrita. Ora a diferença prende-se com o facto de não esquecermos o que a nossa língua nos ensina e as regras que a ela convêm para se manter universal e funcional ao longo do tempo realizando o seu propósito, comunicarmos todos de forma a nos entendermos. Todavia a lição que esta regra nos trás é que optamos não esquecer o que nos é ensinado e tentamos com isso construir algo melhor, algo que passa por usar o que aprendemos no passado e estendemos no futuro o que isso tem de bom. Estes povos foram, e de certa forma vão-o sendo, espezinhados mas neles, não esquecendo o que se passou, cresceu a necessidade de procurar algo que definisse a sua identidade e o seu futuro. Fizeram-no recorrendo á incrível feição e utilização da harmonia, da felicidade que trás a hospitalidade, a amizade e sinceridade com que nos tratam no seu espírito latino, africano ou oriental. Todos temos limites e barreiras impostas pela nossa cultura e pelas nossas aprendizagens, mas todos temos também livre vontade de poder exigir iguais oportunidade, ou expressar o que nos vais dentro de formas mais ou menos criativas, ninguém pode ou deve ser dono da nossa criatividade pois ela advém da nossa capacidade de nos enriquecermos enquanto seres pensantes e inteligentes e enquanto seres universais e únicos. A vida existe para ser vivida e para se exigir o que de melhor podemos dar para contribuir para o seu crescimento saudável e contínuo.Isso fazemo-lo sendo felizes pouco ou nada mais deve ser exigido de nós. A felicidade com que vivemos espelha um mundo onde só pode existir mais felicidade e harmonia, um mundo melhor. Das palavras passo aos actos e por isso sou o testemunho do que digo.
A lua hoje brilha menos, apenas um dia depois da lua cheia, todavia ilumina o que se passa em torno de nós mesmo nas mais escuras horas da noite. Da mesma forma a Europa, apesar de também hoje brilhar menos tem a responsabilidade de iluminar o que se passa nas horas mais escuras do mundo. Isto pois apenas aqui o ciclo da lua pode ser usado como imagem do que deve ser a liberdade para procurar e sermos quem somos de acordo com as nossas regras. Tal como a lua, a Europa cresce, está cheia, míngua, está vazia e o ciclo contínua, mas está sempre lá, existe e é algo de concreto e seguro. Sem existir, o nosso mundo fica à deriva, sem marés, sem mares, sem ter algo por que se pautar, exista por isso a Europa como lição do que é a multiculturalidade e abertura com que vivemos a nossa latinidade do sul misturada com o progressismo do centro, socialismo do leste e conservadorismo do norte.
Mais uma vez casa partiu de mim! É algo estranho definir melhores amigos ou pessoas como mais próximas, principalmente porque se colocam rótulos nelas (pessoas entenda-se). Os meus melhores amigos estão em Portugal, um deles veio até Lima fazer parte da minha viagem. Com ele veio outro amigo que não sendo do lote dos melhores se torna cada vez mais num dos próximos. Todavia pelas estórias da minha vida e pelos momentos que a contêm foco-me mais no meu melhor amigo que hoje partiu de Lima de regresso a Lisboa, essa bela localidade. Assim, casa partiu mais uma vez e eu fico com os espaços e momentos vividos que mais me enriquecem e também ao estatuto de privilegiado com várias pessoas que me são muito importantes a passarem e fazerem parte desta incrível viagem que tenho vindo a realizar nos últimos meses. Já tenho data de regresso a casa e em breve com pompa e circunstância o anunciarei, tan tan tan :D :D :D
Entretanto hoje fui ao museu da Nacion aqui em Lima e constatei algo que não sabia. Desde o início dos anos 80 até ao final do ano 2000, o Peru passou por um período de convulsão interna bastante violenta com políticas de direita bastante violentas num regime dictatorial mascarado em resposta a reivindicações ainda mais violentas por parte dos maoistas do Sendero Luminoso e dos terroristas do MRTA. Conclusão mais de 60 mil mortos ou desaparecidos entre povoados do interior, cidades e populações indígenas quase dizimadas pela guerra, raptos, desaparecimentos e violações várias dos direitos humanos. Como pode então o povo que encontrei seja nas montanhas, nas cidades ou nos desertos durante passeatas ou visitas e trekkings por estas terras e gentes ser tão amistoso e hospitaleiro? É uma pergunta que cresceu em mim e me fez olhar para trás, para a viagem, e constatar um padrão de hospitalidade e amizade, entre sinceridade e honestidade, em povos que ainda hoje vivem oprimidos de forma física ou psicológica, por políticas de medo ou imposição de políticas mais restritas ás liberdades individuais (Vietname, Irão, Singapura, China). Que aprenderam estas pessoas ou aprendem que nós recusamos a aprender?
Lição com cê cedilhado ou lissão com dois esses é uma palavra indistinta na sua expressão oral, mas incorrecta (obviamente) na sua expressão escrita. Ora a diferença prende-se com o facto de não esquecermos o que a nossa língua nos ensina e as regras que a ela convêm para se manter universal e funcional ao longo do tempo realizando o seu propósito, comunicarmos todos de forma a nos entendermos. Todavia a lição que esta regra nos trás é que optamos não esquecer o que nos é ensinado e tentamos com isso construir algo melhor, algo que passa por usar o que aprendemos no passado e estendemos no futuro o que isso tem de bom. Estes povos foram, e de certa forma vão-o sendo, espezinhados mas neles, não esquecendo o que se passou, cresceu a necessidade de procurar algo que definisse a sua identidade e o seu futuro. Fizeram-no recorrendo á incrível feição e utilização da harmonia, da felicidade que trás a hospitalidade, a amizade e sinceridade com que nos tratam no seu espírito latino, africano ou oriental. Todos temos limites e barreiras impostas pela nossa cultura e pelas nossas aprendizagens, mas todos temos também livre vontade de poder exigir iguais oportunidade, ou expressar o que nos vais dentro de formas mais ou menos criativas, ninguém pode ou deve ser dono da nossa criatividade pois ela advém da nossa capacidade de nos enriquecermos enquanto seres pensantes e inteligentes e enquanto seres universais e únicos. A vida existe para ser vivida e para se exigir o que de melhor podemos dar para contribuir para o seu crescimento saudável e contínuo.Isso fazemo-lo sendo felizes pouco ou nada mais deve ser exigido de nós. A felicidade com que vivemos espelha um mundo onde só pode existir mais felicidade e harmonia, um mundo melhor. Das palavras passo aos actos e por isso sou o testemunho do que digo.
A lua hoje brilha menos, apenas um dia depois da lua cheia, todavia ilumina o que se passa em torno de nós mesmo nas mais escuras horas da noite. Da mesma forma a Europa, apesar de também hoje brilhar menos tem a responsabilidade de iluminar o que se passa nas horas mais escuras do mundo. Isto pois apenas aqui o ciclo da lua pode ser usado como imagem do que deve ser a liberdade para procurar e sermos quem somos de acordo com as nossas regras. Tal como a lua, a Europa cresce, está cheia, míngua, está vazia e o ciclo contínua, mas está sempre lá, existe e é algo de concreto e seguro. Sem existir, o nosso mundo fica à deriva, sem marés, sem mares, sem ter algo por que se pautar, exista por isso a Europa como lição do que é a multiculturalidade e abertura com que vivemos a nossa latinidade do sul misturada com o progressismo do centro, socialismo do leste e conservadorismo do norte.
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