sábado, 31 de março de 2012

Hong Kong time!

Alooo again!!! Já sai da China e estou em Hong Kong, cidade do Jackie Chan e de outras tantas coisas mais e menos insólitas :D

Penso que esta cidade é diferente de tudo o que vi até agora. Para começar não há noite nalguns locais pois os néons e as luzes são tão intensas que é como se fosse dia. Incrível! Depois são pessoas de todas as cores e feitios a passear, ocidentais, orientais, nortenhos e sulistas gentes de todo o mundo, mais ou menos fashion, cruzar as ruas de Hong Kong é viajar pelo mundo na sua diversidade ... Um contraste muito grande com as também grandes cidades chinesas que com os seus edifícios altos e largas avenidas, centros comerciais e massas humanas não conseguem bater aqui em Hong Kong. Penso que nem Shanghai nem o Dubai se aproximam desta cidade que rivaliza com Nova Iorque e talvez Tóquio (nesta última ainda não estive por isso não sei :P).

De qualquer das formas por agora deixo aqui estas fotos da China, primeiro de Pequim e noutra entrada, que se seguirá, deixo as da China no geral. Depois o meu comentário final à minha enriquecedora estadia Chinesa :)

Espero que gostem desta viagem por Pequim :)

Lemon world?

Luzes da cidade!

Primeira experiência gastronómica: Escorpião (é pequeno e pouco suculento).

Segunda experiência gastronómica: Grilo (um pouco azedo mas suculento).

Terceira experiência gastronómica: Centopeia (sabe mesmo mal esta)

O tio Mao na praça de Tian'amen! O grande irmão personificado ...

Gente fashion e comilona :)

O verdadeiro Obama ahahah

Xiiiu é só arte, não digam a ninguém!

Os expatriados como são chamadas as pessoas do campo que constroem os sonhos dos citadinos.

Passar o tempo a ver a parede, a ver a vida a conversar.

Sombras e sobretudos.

A única foto que não perdi da cidade proibida (é verdade perdi-as ... :()

Dança fotográfica :)

Candeeiros chineses ...

Reflexos e edifícios mais típicos ...

A graaaaaande muraaaalha da China, lindo!

A grande muralha da China nas zonas abandonadas e com um dueto de sombras :P

Hot pot é cozer e comer!

Nem todos aguentam o almoço ahahah

Voluntários e oficiais que ajudam a controlar o fluir do tráfego da capital.

Templo do Céu.

Portões para o templo do Céu, para os sonhos, para a imaginação e muitas viagens e dias felizes!

Bom fim de semana!!! :D :D :D

sexta-feira, 23 de março de 2012

" ... A whole new world, every turn a surprise ... "

Olá outra vez, hoje não consigo deixar de ouvir a música "AWhole New World" do Alladin, talvez por estar a viajar ehehe!

Estou em Yichang onde amanhã de manhã, na verdade dentro de 6h00, parto para ir visitar a maior barragem do mundo e alguns restos da China traditional e antiga que se encontravam ao longo do rio Yangze.Vamos ver o que reserva o dia, para já há um indicador bastante animador, o calor e o sol estão a forçar um regresso à terra e ao céu respectivamente! :)

De resto a minha vinda até aqui acabou por ser um pouco acidental, como tantas outras coisas nesta viagem, e suspeito que vou ficar por cá uns dias pois estou a aprender entre outras coisas, sobre a arte da escrita dos caracteres chineses (aquelas folhas de papel grandes com grandes caracteres escritos a tinta e com um pincel). Estou também a viver a China por dentro, numa cidade mais pequena que as anteriores e a viver um pouco o que é a China em desenvolvimento. Ao lado de uma rua mais antiga, vários prédios gigantes estão a ser construídos, esta é só uma das imagens que por aqui se vêm do progresso e crescimento que o país procura e vai alcançando. Enfim o futuro o dirá ...

De resto Xi'an é interessante, mas não pude aproveitar a cidade no seu potencial, já que esteve a chover a maior parte dos dias que por lá estive. Foi o mote para conversas fantásticas sobre o que alguns chineses pensam da vida e do actual governo. Muito interessante mesmo, depois partilho tudo num próximo comentário, por agora deixo os senhores censores chineses pensarem que está tudo bem! (e está ...). Quanto aos guerreiros de terracota foi interessante ver mais uma das imagens que trazemos dos livros de história ao vivo e a cores. Não foi tão magnifico como estava à espera na medida em que são poucos e muitos deles estão danificados, mas valeu por ver as expressões faciais e os traços nas caras de cada um que são inquestionavelmente diferentes de guerreiro para guerreiro, valeu mesmo a pena poder observar ao vivo este trabalho magnífico e único em todo o mundo, realizado há mais de 2000 anos :)

Há muito importante para quem vier à China, os comboios são bons mas em viagens longas, diga-se com duração superior a 10 horas de dia ou 3 ou 4 horas de noite não se recomendam os lugares sentados. O lugar é conotado como hard seat e é mesmo duro além de que faz um ângulo de 90º entre o local onde nos sentamos e o local onde colocamos as costas o que torna mesmo muito difícil dormir! ;) De resto é aproveitar as pessoas a falarem umas com as outras em animadas conversas que mesmo não percebendo são calorosas e acolhedoras connosco e ainda ver os vendedores ambulantes que contam estórias enquanto mostram os seus produtos, fazem as pessoas rir, mostram os produtos e depois lá realizam várias vendas ao longo das viagens :)

Bom por agora é tudo! Até mais logo e que viajem num fim de semana cheio de alegria e boas aventuras:)


sábado, 17 de março de 2012

Zai jian Beijing, huan ying Xi'an!

Olá intrépidos leitores, bravos exploradores de letras e cores do mundo que nas sombras de um ponto ou nos contornos de uma palavra se revêm e reescrevem diariamente. Obrigado por seguirem o meu blogue :)

Estou bem, descansado e feliz após quase vinte dias aqui em Pequim, a viver esta cidade que muito me tem surpreendido. Aproveitei ainda para me deslocar por um fim de semana a outra cidade, cujo nome ainda não consigo pronunciar com a pronúncia correta ... :P O maior problema com a língua que por aqui se fala (Mandarim), prende-se com os sons que são muito diferentes do que estamos habituados. É incrível como o nosso ouvido tem a sensibilidade de um caracol que decide correr os 100 metros contra um leopardo ... Há sons cujas diferenças são algo entre o imperceptíveis e o iguais pelo que se torna complicado distinguir e dizê-los de forma correta. O que até acarreta possíveis problemas tendo em conta a facilidade com que tão facilmente dizemos uma qualquer asneira ou uma palavra que até estava certa e que em vez de cair bem junto de alguém acaba por ser ofensiva, muito cuidado portanto com as tentativas de falar com o pessoal :) Já para não falar na imensa quantidade de gente que não fala inglês o que torna a simples tarefa de comprar um bilhete na estação de comboios em algo verdadeiramente herculaniano! 

Resumindo, viver em Pequim como um estrangeiro é bastante interessante se tivermos dinheiro ou um trabalho bom. Temos tudo o que há de bom no Ocidente e a vida que queremos fazer facilmente a acontecer com o melhor do Oriente. É interessante! Gosto de andar pelo metro, passear pelas ruas apinhadas de pessoas de toda a China, perder-me nos cheiros, nas cores dos centros comerciais e roupas das pessoas, nos hutongs (bairros antigos espalhados pela cidade), sorrisos, gritos das senhoras dos autocarros para por o pessoal no lugar e recolher dinheiros de bilhetes, danças ao final da tarde nos parques com os idosos e jovens a dançar ou a fazer kung fu (é impressionante como não se vêm idosos de bengala, tudo é ativo por aqui), coreografias, jogos de tabuleiro ou cartas, enfim uma catrafada de coisas que mantêm as pessoas ocupadas e entretidas após os seus afazeres diários ou enquanto reformados.

Tudo o que é bom tem um final e também não quero abusar da magnífica hospitalidade do Pedro e da Li e por isso está na hora de partir. Estou descansado, recuperado de maleitas e cheio de energia para enfrentar o resto do mundo. Estou a viajar quase há 6 meses, 6 meses! wow! o tempo passa depressa mas que encanto que tem sido.

Um novo horizonte se eleva, amanhã parto rumo a Xi'an, capital antiga de imperadores e sede do maior exército de terracota do mundo, estou ansioso pelo que ai vem, estou fascinado pela China que se tem revelado e pelo que ainda vou encontrar! Espero conseguir transmitir uma ideia deste gigante que está cá há séculos, lentamente, a trilhar o seu caminho até ao império que tem hoje em dia.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Ilusões

Parece que ando no mundo dos sonhos com estes títulos, mas na verdade ando bem "na real". Desta vez deixo umas reflexões (curtas prometo).

A verdade é que enquanto jogava ao Lobo (quem diria aqui na China) e tinha de pedir a alguém que me traduzisse para inglês o que estava a ser dito e me pudesse defender que não era o lobo ou que era outra personagem qualquer e depois contra-argumentar contra argumentos que nunca percebia, senti a verdadeira simulação dos "jogos diplomáticos" e da barreira linguística. É fantástico pois há palavras que jamais serão traduzidas corretamente, pois são muito mais que palavras, são sentimentos, experiências, momentos que estão todos contidos em algo a que chamamos de palavra, mas que por vezes por si só não chega para sequer raspar na casca da verdade do seu significado.  Por exemplo a nossa tão portuguesa "saudade" é uma delas. Portanto palavras podem ser ilusões, dai quando estava no Irão ter perdido a magnífica poesia persa e os seus significados, ficou incompleta, o mesmo aqui com o Mandarim e o que perco por não saber ler os caracteres ou perceber o seu significado. É como dançar de forma mecânica, dançamos sem dúvida, mas não vivemos a dança plenamente não somos conduzidos pelo corpo ou som, mas sim pelos passos mecânicos que aprendemos.

Mas outra coisa se elevou durante este jogo enquanto falava com estes amigos que me acolherem em casa deles como sendo um deles e com quem partilhei um fim de semana fantástico numa das 10 maiores cidades da China que só contém cerca de 7 milhões de habitantes, coisa pouca. Apercebi-me da ilusão da liberdade!

Por outras palavras, a China cresce a um ritmo alucinante! Há dinheiro a circular, há mercados, há eletricidade, água, esgotos, estradas, aquecimento, trabalho, condições a serem espalhadas por todo o mundo chinês, inclusive nas províncias longínquas do Tibete e do Oeste menos desenvolvido. As pessoas estão felizes e muitas delas nem se preocupam com a falta de liberdade e de acesso a meios de comunicação como o facebook, informação atualizada sobre o mundo em sítios na internet internacionais e por ai fora. O que a Índia ainda é hoje, a China era há vinte anos atrás. Agora é um país totalmente diferente, mais desenvolvido e a crescer cada vez mais. Todavia há certos assuntos e certas informações vedadas, que são tabu, mas porque devem estas pessoas preocupar-se com isso ou com a política se não podem fazer nada para alterar as decisões que o partido toma por eles?

Até que ponto devem os chineses abdicar das suas liberdades de acesso à informação ou de falar sobre determinados assuntos, em detrimento de um crescimento e desenvolvimento inquestionavelmente grandes que até permitem tanto a nível físico como mental atingir diversos estados plenos de felicidade?

Na Europa também vivemos a ilusão da democracia, na medida em que nos deixam votar (doce cenoura) e depois são os mesmos ou as mesmas políticas corruptas que seguem em frente. Sinto que vivemos globalmente numa ilusão de nós e de onde podemos ir enquanto humanos, em que optamos por silenciosamente abdicar, tanto aqui, como na Europa, das nossas capacidades de decisão e participação na vida ativa e alimentamos este estado de ilusão do mundo, um estado em que o próprio mundo é a ilusão daquilo que nós somos, gente adormecida ...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Fantasias e fantasias!

Olá outra vez :)

Deve parecer que até levo isto dos blogues a sério para agora andar tão regularmente aqui a colocar entradas, mas na verdade tenho é algum tempo que uso para descansar e manter o blogue ativo (à segunda lá saiu bem). Ainda estou em Pequim em casa dos meus amigos que têm sido excepcionais e a quem tenho muito a agradecer, a Li e o Pedro. O Pierre, o meu amigo Canadiano, está cá também já há alguns dias que têm servido para descobrir a cidade e conversar sobre a China. Bastante interessante e enriquecedor!

O importante é relatar um pouco dos meus dois últimos dias! Estive na cidade proibida que é deveras e de facto gigante! Todavia não se nota a dimensão (mesmo tendo lá passado quase um dia) ao deambular pelas ruelas, muralhas vermelhas (que antes, há muuuuito tempo, foram roxas), palácios e pátios onde ainda se sentem os ecos de ordens imperiais e de concubinas a segredar nos recantos dos palácios enquanto os eunucos, em correrias, atarefados levavam éditos para estabelecer a ordem no país e povo. Após entrar e sermos observados pelo tio Mao, que parece o olho que tudo vê do Lord of the Rings, passamos por séries de portões e páteos onde os militares treinam seriamente para o recolher e erguer da bandeira. Timidamente um petiz olha por entre as grades e pensa talvez um dia estar ali, ou então está apenas espantado e absorvido pelos gritos, manobras e correrias tão particulares destes militares de fardas verdes e botas pretas que são uma sombra dos soldados imperiais de outras alturas todos emprumados em armaduras e alabardas, elmos com penas na ponta e expressões carrancudas e disciplinadas ganhas em anos de combates para manter a paz e ordem contra as rebeliões no império. Foi assim que também eu estava a observar atentamente os movimentos enquanto outro mundo tomava contornos. Um mundo onde entrei silenciosamente no palácio, rodeado de eunucos e dignitários estrangeiros ou apenas emissários que vinham em negócios na corte. Passei as pontes guardadas pelos dragões (símbolo do imperador) e fénix (símbolo da imperatriz) esculpidos em pedra e que do chão parecem vivos e com a luz se contorcem, dançam e por fim ganham vida impelindo-nos a seguir ou recuar consoante o nosso "negócio". Subitamente dei por mim na presença de uma corte com robes compridos de seda e coloridos. Vasos de porcelana e Jade por todo o lado. Chapéus compridos ou curtos, com tranças e enfeites diversos, um carnaval oriental sem par. Colunas vermelhas sustentam tectos de madeira coloridos com mil desenhos verdes e azuis sobre a vida imperial. Todos falam uma língua estranha, por todo o lado vejo caracteres estranhos. Estou perdido, começo a correr em desespero pois não sei onde estou e percorro palácios, escadarias, jardins com pedras que parecem corroídas pela erosão, árvores de bambu e ciprestes, tesouros em ouro e jade, mais pessoas e pessoas que me vêm e de repente estou a ser perseguido pelo exército imperial, o mesmo que estava tão pouco tempo antes apenas a praticar manobras. São implacáveis, não param, gritam em coro algo imperceptível, corro pelos corredores de pedra cinzenta no chão de onde se erguem altas paredes vermelhas em cujo o topo o céu é testemunha do que se passa na terra, estou cercado, não por pessoas ou por ideias, nem por pensamentos, mas por pedra, árvores, céu, descubro um portão, atravesso-o e dou por mim do lado de fora, contínuo a ser seguido, corro para o jardim em frente e subo até ao mais alto templo que vislumbro, os guardas ganham terreno, nas minhas costas Buda contempla a cidade proibida, não tenho saída. Que imagem etérea, que cores e que luz, tenho de fotografar antes de tentar uma evasão espetacular. Carrego no botão, os mecanismos da máquina inciam-se, tudo fica preto.

Quando volto a ver pelo obturador da máquina fotográfica, estende-se uma planície à minha frente empurrada por montanhas nas suas costas. Olho à minha volta, só vejo montanhas, não há mais exércitos ou perseguições, estou na muralha! A grande muralha da China, não sei o que pensar. Longa e contorcida como uma cobra que serpenteia pelas montanhas envolventes, com subidas e descidas íngremes com e sem degraus, torres de defesa e portões com fortes. Um sonho realizado, um império defendido á custa do sangue de milhões de trabalhadores, à custa de guerras e acordos infindáveis! Um império nasceu, ali perante os meus olhos, tudo fez sentido. À medida que percorro a muralha, que me sinto o único homem no mundo capaz de a defender, de defender a nossa terra, de defender a vida dos bárbaros, dos piratas, dos homens com más intenções, apercebi-me que por mais longo que seja o caminho, mais voltas que ele dê e mais protegidos que pensemos que estamos, mais temos de agir, mais temos de percorrer, pois a vida corre, como a muralha, para um fim, para um ponto onde o império termina, onde o sonho acaba e nasce a realidade. Onde o mundo é nosso e o sentimos e vivemos com o coração, mente, connosco e onde as decisões que tomamos são tudo o que conta para sermos felizes.

Estou em casa, cansado, vivo, cheio de aventuras, estou a criar e a ser feliz, quantos mais o podem afirmar também??? Os guardas e ecos do passado não de certeza, mas quem sabe ... tu?

segunda-feira, 5 de março de 2012

Mei Nü :D :D :D

Oláaa :)

Cá estou eu de volta a cunprir com o prometido e a manter o blogue actualizado! :)

Estou em Pequim e estou a adorar! A China para mim neste momento parece-se assim com um paraíso na medida em que quando ando nas ruas, quando vejo as pessoas, os locais, tiro fotografias, me sinto seguro tudo parece funcionar e tudo parece conter felicidade. Posso estar muito enganado, mas estas primeiras impressões recolhidas ao longo destes últimos quatro dias mostram-me uma Pequim extremamente ocidental em que apenas as expressões faciais, a língua e os olhos em bico são a diferença. Vejo gente colorida e até bastante ousada nas misturas que faz de roupas (quase como estar no Japão com todos os exageros), vejo gente a cantar nas ruas, tocar viola no metro, vejo polícias que se riem e que ajudam quem quer que seja, vejo centros comerciais e ruas coloridas e cheias de vida em quase todo o lado. Pequim é gigante e tem um sistema de metro e autocarros também ele gigante, extremamente barato e funcional. Os taxis são também eles muito baratos e podemos encontrar tudo em termos de comidas e roupas o que se encontra no Ocidente. Em relação a "lojas do Chinês" como as há em Lisboa e Portugal no geral, aqui também as vemos mas vemos muito mais lojas internacionais e lojas com imensas coisas com muita qualidade feitas na China.

Talvez por estar a viver com um amigo meu que vive na China e é casado com uma Chinesa, vejo as coisas um pouco através dos olhos dele que tem conhecido este lugar nos últimos anos e visto as contradições e más informações que são passadas ás vezes para o Ocidente, vê inclusivé as mudanças que se verificam aqui. De qualquer das formas não posso esquecer que o facebook, o youtube, mais alguns sítios na internet e o meu blogue estão bloqueados aqui. Vale o software que trago comigo desde o Irão que me está a safar :) Só para colocar as imagens é mais complicado porque fica muito lento ...

Any way, em Roma sê romano e por isso por aqui tenho comido tudo o que é tradicional e não tradicional. Já me aventurei pelas centopeias, grilos e escorpiões, depois passei pela carne de porco que eles comem muito em Pequim e ainda pelos vegetais e outras coisas que por cá se comem. Agora acabaram de chegar os hamburgueres da Macdonalds que aqui entregam em casa! Luxo!!! ahahaha

Até mais logo e a ver se começo a ter uma imagem mais imparcial da China quando for para o interior. Amanhã ou é a cidade proibída ou a grande muralha, ou o palácio de verão, ainda não sei, mais daqui a pouco decido antes de ir dormir o que fazer amanhã.

Zai Jian!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Adeus Nepal, Ni hao China

Ni hao??? (é mais ou menos este o som porque não tenho os assentos)

Estou na China! E curiosamente desde que ontem voei até aqui e hoje de manhã passeie tenho gostado de tudo o que tenho visto, depois foco em particular no quê e falo sobre esta China que estou a viver :D

Agora vou só despedir-me de vez do Nepal e deixar-vos o último post sobre este país soalheiro localizado no sopé dos himalaias e que se estende até ao topo de alguns dos picos mais altos do mundo! É deveras e de facto um país a visitar e a nos perdermos, o único se não é estar longe e ser ainda caro chegar aqui, mas sem dúvida um local para trekkings e aventuras aquáticas dos mais interessantes do mundo. Polvilhado com uma população extremamente simpática e dada, às conversas, a mostrar e partilhar a sua vida, à procura de quem é o outro, enfim tudo o que um viajante pode querer para descobrir e se descrobrir numa cultura alheia, o Nepal torna-se num país hospitaleiro e fácil.

O Nepal é ainda um local que para ser vivido a 100 por cento não nos podemos deixar cair nas garras das agências de turismo locais que tudo nos preparam e tudo nos organizam, não, tem de ser explorado por nós, a apanhar autocarros locais e conviver com os locais na procura do lugar ao sol e do caminho que vamos construindo por nós. Aconteceu-me ter estado numa guest house onde estava também um indivíduo de uma agência que me organizou o trekking, a viagem a Pokhara (apenas o autocarro) entre outras dicas deliciosas e acabei por perder um pouco aquela sensação que gosto de ter quando me encontro com alguém por acaso no autocarro, ou de ter de procurar as coisas por mim, mas bom faz parte da viagem e por vezes também sabe bem ter mais viajantes ou turistas por perto com quem partilhar experiências e ouvir sobre outras realidades e assuntos mais comuns, como as eternas discussões sobre política e Europa (que tanto gosto!) e sobre as realidades e momentos que vivemos e encontramos. Tive um momento desses anteontem a viajar com o João Cardiga, um viajante da alma e do coração que me permitiu viajar no tempo na minha viagem e com quem vou desenvolver alguns projectos em casa de certeza! :)

Comparam o Nepal à India, a meu ver erradamente, a India é pior em casos de pobreza, miséria, poluição e mais coisas que o Nepal, apesar de no Nepal podermos também constatar casos destes. De qualquer das formas são realidades distintas. Quero só deixar uma reflexão sobre as crianças que pedem nas ruas e a quem muitos turistas dão dinheiro. É uma questão delicada mas que se analisada, cada vez que dão dinheiro ou comida a uma criança estão-lhe a dizer não vale a pena perderes tempo nos estudos, pois estás a perder dinheiro! Muitas destas crianças são exploradas e o que se tem de procurar é uma forma de dar poder às autoridades locais para combater estas explorações e colocar os miúdos fora das garras dos mafiosos. Enfim mais reflexões no futuro sobre este assunto pois marca e é assustador ver as realidades da India e do Nepal neste campo. Claro com a poluição incrivel que se faz sentir nos pulmões ao fim de alguns dias ...

De salientar o encontro com o Sr. Evereste quando já estava a sair do Nepal, algo que foi lindo e ao mesmo tempo brutal, não vou esquecer! Não conseguimos ter noção das alturas pois é tudo tão gigante e só temos asmontanhas também elas gigantes ao lado para comparar por isso perdermos noção da altura, mas é esmagador estar perante estas forças da natureza :)

As fotos não vão dar para por muitas porque na China há censura e tenho de usar o meu software do Irão para aceder ao blogue, facebook e so on ... Assim que conseguir vou colocar algumas.

Bem hajam e até logo :)