Ha praia e ha mar, ha ir e voltar! dizia o poeta. Bem sem poesias e sem magias, a vida corre e passa por nos na expectativa de que nos passemos por ela de forma activa e participativa. Tenho-o feito ao longo destes ultimos anos e em particular nestes 11 meses de descoberta interior e exterior.
Todavia ontem, pela primeira vez de forma sentida, ao ver a procissao passar ao toque da banda na praca central apinhada de gente que aplaudia e via com orgulho as pessoas que passavam pelas pracas e ruas da cidade, com um amigo de sempre e sempre presente, senti um sentimento em mim que nao tinha percebido antes. Com lagrimas a tentar sair pelos olhos e o corpo em extase por tanta energia, senti, saudades de casa. Nao daquela casa onde estao os pais ou amigos e toda a nossa vida. Aquela casa que eh Portugal e que alem destes factores principais inclui ainda as festas de verao nas aldeolas, com as musicas pimba ou nao pimba ao sabor de copos de vinho reles mas que nos enchem a barriga e o espirito acompanhados de sons familiares e amigaveis, hospitaleiros; as praiadas com amigos; os cheiros e sabores tao nossos e que so nos sabemos levar ao mundo; um espirito de saudade e melancolia que facilmente se rasga num sorriso e numa conversa de esquina, Portugalidade universal.
Aquele Portugal onde apesar de crises e desastre somos nos com a nossa identidade e somos nos com os nossos conterraneos. Hoje escuto dois franceses a tocar sons de franca e um pouco europeus, estilo musicas do Yan Tirsen e que tais, e nao posso deixar de sentir orgulho pela portugalidade que tambem eu e todos os viajantes por esse mundo fora espalham, bem como sentir toda a latinidade que existe a minha volta quando caminho pelas ruas, quando vejo a arquitectura e me sinto numa qualquer vila no interior do pais, quando oico o espanhol que nos eh tao proximo, quando falo e as pessoas nos tentam ajudar nos transportes e metem conversa tao ao nosso estilo. Quanto quero continuar a viajar mas sei que tenho de regressar ah origem onde tudo faz sentido. Parti e estou a crescer mas sempre a regressar a quem sou e ah minha heranca cultura e nacional. Sem querer ser patriotico em exagero mas com um espiritio e identidade portugesa agora completada pelo mundo sinto que o tempo de comecar a apontar armas e bagagens a casa chegou.
Sinto-me algo diferente mas nao no que pensava ou os olho com que vejo mundo. Sinto a minha janela mais ampla, mais aberta e mais misturada por todo o lado, mas com um sentido e orientacao do que quero fazer.
Ate ja eh algo estranho de dizer hoje pois encerra em si um misto de inicio e medo. Medo pois eh um regresso a casa depois de um ano fora, inicio pois eh o principo de algo novo, de uma nova etapa. Esta ainda nao terminou, esta proxima de terminar mas indubitavelmente comeco a pensar nesse regresso agora anunciado e que esta para breve e que nao me vai impedir de viver tudo o que tenho ainda de viver e reflectir ...
Todavia ontem, pela primeira vez de forma sentida, ao ver a procissao passar ao toque da banda na praca central apinhada de gente que aplaudia e via com orgulho as pessoas que passavam pelas pracas e ruas da cidade, com um amigo de sempre e sempre presente, senti um sentimento em mim que nao tinha percebido antes. Com lagrimas a tentar sair pelos olhos e o corpo em extase por tanta energia, senti, saudades de casa. Nao daquela casa onde estao os pais ou amigos e toda a nossa vida. Aquela casa que eh Portugal e que alem destes factores principais inclui ainda as festas de verao nas aldeolas, com as musicas pimba ou nao pimba ao sabor de copos de vinho reles mas que nos enchem a barriga e o espirito acompanhados de sons familiares e amigaveis, hospitaleiros; as praiadas com amigos; os cheiros e sabores tao nossos e que so nos sabemos levar ao mundo; um espirito de saudade e melancolia que facilmente se rasga num sorriso e numa conversa de esquina, Portugalidade universal.
Aquele Portugal onde apesar de crises e desastre somos nos com a nossa identidade e somos nos com os nossos conterraneos. Hoje escuto dois franceses a tocar sons de franca e um pouco europeus, estilo musicas do Yan Tirsen e que tais, e nao posso deixar de sentir orgulho pela portugalidade que tambem eu e todos os viajantes por esse mundo fora espalham, bem como sentir toda a latinidade que existe a minha volta quando caminho pelas ruas, quando vejo a arquitectura e me sinto numa qualquer vila no interior do pais, quando oico o espanhol que nos eh tao proximo, quando falo e as pessoas nos tentam ajudar nos transportes e metem conversa tao ao nosso estilo. Quanto quero continuar a viajar mas sei que tenho de regressar ah origem onde tudo faz sentido. Parti e estou a crescer mas sempre a regressar a quem sou e ah minha heranca cultura e nacional. Sem querer ser patriotico em exagero mas com um espiritio e identidade portugesa agora completada pelo mundo sinto que o tempo de comecar a apontar armas e bagagens a casa chegou.
Sinto-me algo diferente mas nao no que pensava ou os olho com que vejo mundo. Sinto a minha janela mais ampla, mais aberta e mais misturada por todo o lado, mas com um sentido e orientacao do que quero fazer.
Ate ja eh algo estranho de dizer hoje pois encerra em si um misto de inicio e medo. Medo pois eh um regresso a casa depois de um ano fora, inicio pois eh o principo de algo novo, de uma nova etapa. Esta ainda nao terminou, esta proxima de terminar mas indubitavelmente comeco a pensar nesse regresso agora anunciado e que esta para breve e que nao me vai impedir de viver tudo o que tenho ainda de viver e reflectir ...
Nuno:
ResponderEliminarSente-te feliz por teres feito essa viagem fabulosa e tenho a certeza que tal como eu, mas dum forma só tua, és uma pessoa mudada!
Vais senti-lo quando voltares à realidade do dia a dia!
Anima-te my friend, fizeste algo que nunca te arrependerás e que recordarás todos os dias da tua vida! Garanto-te!
Eu disse-te que ias sentir quando era tempo de voltar! Isso também aconteceu comigo. Não se planeia o regresso numa viagem destas, sente-se!
Aproveita o tempo que ainda te resta e diverte-te!
Walk On!
Rui Magro Correia
Viva,
EliminarSim é verdade, é fácil continuar a viajar e descobrir novas pessoas, novos momentos e novas realidades. Cada vez sinto mais isso. Sinto também que muito há ainda para fazer e para viver a viajar, mas não pode ser tudo seguido. Afinal viajar não é uma pausa na nossa vida mas sim parte dela. É algo que não indissociável da forma como vivemos, pelo contrário, é uma forma de nos manifestarmos! Por isso sinto que é tempo de regressar, pois as saudades do que tenho e do que sou também num local muito em particular começaram a existir de forma inegável. Em breve estarei em casa e tudo tenho feito para aproveitar este momento incrível e esta realidade incrível.
Grande abraço e vemo-nos em breve! :D
Nuno Cruz