quinta-feira, 3 de agosto de 2017

A arte vietnamita



É sempre uma felicidade imensa regressar a um local que conhecemos e vivê-lo profundamente de novo, senti-lo sempre com um ar de novidade e redescobrir, resentir o porquê dele nos fazer vibrar e estar bem. Seja na montanha, floresta, mar, cidade ou aldeia, esse local é tudo e é todos.

Curiosamente com Ho Chi Min City (Saigão), isso acontece mesmo sendo um destino que inicialmente não ligava e não gostava muito. No entanto com as sucessivas viagens por cá, com as descobertas que tenho feito e, acima de tudo, com o perder-me a conduzir a mota pelas ruas caóticas da cidade (como adoro fazer em quase qualquer lugar no sudeste asiático), há uma energia que me percorre (adrenalina? só? não! é algo mais) e que me deixa vivo, feliz e bem, apesar da confusão, da humidade, do calor e até da chuva e sol que aqui são intensos devido à posição geográfica da cidade.

Vou-me recarregando nos cafés; nos templos calmíssimos por oposição ao resto da cidade; nos jardins cheios de gente a jogar desportos diferentes dos que vemos comummente nas ruas e jardins europeus (badminton, peteca, vólei); nas ruas e avenidas repletas de caos ambulante; nos sorrisos e conversas durante as refeições com desconhecidos ou respectivos donos dos locais onde paro; no tempo que aqui se dedica a tomar o café ou a bebida com calma, entre conversas, jornais ou simplesmente fumar o seu cigarro (não há pressa, é um ritual); com quem para ao meu lado no semáforo e aproveita para perguntar de onde sou e lá respondo macarronicamente com o "Búdáunhá" - é algo assim - que significa Portugal ao  que eles acenam que sim com um sorriso e lá dizem um "sin xao" e mais qualquer coisa que não sei o que é; até na forma fluída e cuidadosa com que conduzem as motas e dançam verdadeiremente (ontem vi uma dança a dois perfeita entre motociclistas, digna de ser coreografada tal era a perfeição, a sincronização, o movimento e a agilidade deles a conduzir).

Enfim, confesso-me mais apaixonado por Ho Chi Min, mas, não te assustes Hanói: continuas a ser a minha favorita ahahaha :)


É mesmo só para partilhar que Ho Chi Min afinal é mais fixe do que parece e me vai revelando e permitindo também sentir esta arte vietnamita, que é esta boa disposição e estar que tanta falta fazem no nosso mundo, fosse assim tudo tão simples :)

#ppleguas #trechosdomundo

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