sábado, 26 de maio de 2012

Goooooood Moooooorniiiiiiiiing Vieeeetnaaaaaaame!!!


Oláaa :)

Estou no Vietname ... Bem sei que parece que ando a correr de sítio para sítio, mas na verdade não ando. Pelo contrário ando até bem devagarinho! Ontem fiz uma viagem de autocarro que começou anteontem e que durou 27 horas desde Vientiane, a capital do Laos, até Hanói, a capital do Vietname!

Short story, de Melaka fui para Vang Vien no Laos, um avião de manhã cedo, depois de uma noite no aeroporto de Kuala Lumpur; seguiu-se um dia de conversas e passeatas e convívio mais que bem vindo com o meu amigo João Cardiga na cidade de Bangkok; após o que apanhei o comboio nocturno para a fronteira entre a Tailândia e o Laos, terceira classe sem ar condicionado, mas com janelas e portas abertas e uma companhia "introcável"; finalmente autocarro para Vientiane e autocarro para Vang Vien para ... chegar até à fantástica rapariga com quem agora viajo e com quem as coisas correm às mil maravilhas!!! :D de lá e após uma semana de fantásticas aventuras seguimos para Vientiane onde pudemos viver os restos do colonialismo francês entre casas de estilo ocidental e língua francesa em restaurantes, ruas e edifícios e finalmente um autocarro, uma fronteira e muitos quilómetros e horas depois, agora, um novo país!

O Laos é um país para se explorar com tempo, com imaginação e com muita energia pois vai requerer tudo isto para podermos viver e sentir o país e as pessoas que são lindas! Um pouco há semelhança do Nepal, também ali há uma componente turística forte com trekkings, cidades, enfim uma panóplia de coisas organizadas para turista, mas mais facilmente, muito mais facilmente, se encontra um outro país, uma outra realidade, de aldeias perdidas em florestas, montanhas e no tempo. Entre colinas e árvores, campos de arroz ou outras coisas, erguem-se palhotas, pontes, gentes de sorrisos e corações lindos que se abrem com um aceno, com um olá e com uma tentativa de comunicar na língua deles. É fantástico o contraste e a beleza destes sítios que parecem parados no tempo, talvez com 100, 200 ou 300 anos de vida em cima.

Em baixo as fotos do Laos ...

Montanhas, campos e verde.

Hora de montar a rede de pesca

Poses para mim :)

Hora de arranjar as redes

Sorrisos :)

Cucu!!!

:)

É preciso técnica, força e nem sempre compensa.

Tempo de desenhar.

Que personagens e que dia foi este :)

Vendas de rua ...

Rotinas para casa :)

Tekken??? Não apenas uma bonita estória por trás :P

Passar o tempo de forma criativa.

À espera do autocarro.

Vai uma baguete?

De resto agora estou no Vietname e vamos ver o que me espera. Por enquanto estou em Hanói e estou a adorar a cidade. É eléctrica, vibra por todas as ruelas e ruas, em casas de desconhecidos, em olhares perdidos e sorrisos insistentes percorro estradas cheias de bicicletas e scooters ou motos que como formigas se mexem incessantemente por todo o lado. Chapéus de palha em bico, para proteger do sol e da chuva que se faz sentir por estes dias, cobrem as caras das mulheres que aqui são lindas, um misto do melhor da Tailândia e da China é incrível! Ainda vendedores ambulantes e mil e uma lojas por todos os lados, com uma energia e características únicas. Em cada canto há uma fotografia à espera de ser tirada, uma pessoa com quem conversar e um misto de moderno e antigo, de fashion e tradicional nas indumentárias, bandeiras comunistas e lojas modernas, tudo misturado mesmo ... só estando aqui se percebe quão forte e pessoal é esta experiência que mesmo estando a chover é tão intensa! Claro que estar com a Lauren é uma grande ajuda para sentir tão profundamente a cidade enquanto nos movemos nas artérias da cidade, nas ruas do amor ... :D

Agora vou dar mais uma voltas, estamos à procura de um couchsurfer para nos acolher hoje se não lá será mais um hostel ... uma coisa é certa Hanói à noite parece fantástica e hoje que é sábado estamos mortinhos para saber que ritmos e que escolhas tem esta cidade para oferecer!!!

Até logo caros camaradas e um excelente fim de semana!!! :D

Bem vindos ao Vietname!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dias surpreendentes ...

Olá outra vez!!! :P Os dias estão queeeeeeentes por aqui e por isso fico preguiçooooosoooo :D

Gente colorida :P para se animarem eheheh

Bom vou deixar-vos uma surpresa que aconteceu também a mim de forma inesperada! Estou em ... tan tan tan ... no Laos :P mais concretamente em Vang Vien para aqueles de vós que estão imediatamente a copiar para o googlemaps o nome que acabei de colocar. Entretanto sim, estou em Vang Vien.

Vang Vien: Vista da minha cabana :)

Estive uma manhã em Kuala Lumpur que deu para subir às torres Petronas e ver a simbiose entre o islamismo e as ouras religiões um pouco há semelhança de Singapura. De resto é uma cidade confusa e muito comercial ...

Kuala Lumpur: Vista das Torres Petronas, ponte suspensa

Kuala Lumpur: Vista das Torres Petronas, ponte suspensa

Kuala Lumpur: Vista das Torres Petronas, 86º andar

Segui para Melaka e lá pude reviver os 130 anos de domínio Português, e uma cidade cheia de vida aos fins de semana mas realmente pacata durante a semana. Ofereceram-me trabalho e tudo no hostel onde fiquei os 4 dias que lá passei ... Foi uma curta mas boa experiência na Malásia. Para a próxima ficam os locais paradisíacos e a ilha do Bornéu que é uma fuga ao mundo segundo consta.

Melaka: Galeão Português recuperado

Melaka: Pausa para almoço na visita de estudo

Melaka: Único portão sobrevivente da cidadela Portuguesa

Melaka: Centro da antiga cidade holandesa e britânica.

Melaka: Ano do Dragão à entrada do bairro Chinês.

Melaka: Passar o tempo no Karaoke dentro do templo :) só no bairro chinês :P

"Merdeka" = Liberdade

Melaka: conversas sabidas

Melaka: Contra o sol tudo vale ...

A vida tem várias surpresas que nos trás, momentos, pessoas e outras tantas coisas boas, que achei por bem vir explorar esta experiência que até agora tem sido única! Entre as montanhas características do sudoeste asiático, os sorrisos e olás dos Laoenses, descidas de rios em bóias ou grutas e piscinas naturais escondidas, tenho vivido a fantástica aventura da procura, da entrega e do conhecimento mútuo, sabe bem e estou a gostar de alterar completamente os planos para começar uma nova volta ao mundo, numa mistura de paixão e desconhecido :)

Melaka: Todo um mar de possibilidades.

Poucas mais informações tenho por agora, apenas que tudo muda! A água que passa no rio não passa duas vezes no mesmo sítio, por vezes ficamos nós no sítio, por vezes seguimos com a água. De qualquer das formas ganhamos e crescemos basta para isso estarmos atentos e seguir os sinais. Neste momento venho com a água e assim como ela, também eu de forma despercebida e lentamente, vou descendo o rio para um mar sobre o qual nada sei, mas que não importa por agora. Apenas sou, como a água do rio, mais um elemento desta terra ...

Rumos, contornos e sombras que à luz do dia são realidades ...


terça-feira, 8 de maio de 2012

Tudo o vento trouxe e tudo o vento levou!

"Um, dois, três, empuuuuuurraaaa! Outra vez, andou pouco desta vez, mais uma vez, vá lá! Um, dois, trêeeees, empuuuuuurraaaaaaa!!!" Ao fim de várias tentativas a empurrar, finalmente o grande evento: o barco do Mac  flutuvava, podíamos ir explorar as grutas e enfrentar a monção a partir do mar :D

Olá a todos mais uma vez. Bem sei que estive ausente por muuuuito tempo, mas vão ter de me perdoar. Viajar é, como já disse muitas vezes, perdermo-nos em nós, nos momentos e nas pessoas que nos cruzam, pois bem, nestas últimas duas semanas perdi-me completamente em tudo o que me envolveu. Bom não é bem perder porque estive sempre consciente de mim e de tudo à minha volta, mas não tive nenhum plano específico, apenas flutuei literalmente ao sabor das marés, dos ventos, das ondas, da monção, da vida! Não tenho muitas fotos pois as chuvas intensas e a pouca vontade fizeram com que deixasse a máquina quase sempre em casa.

Bangkok: Por caminhos imprevistos e imprevisíveis.

Passo a explicar, de Chiang Mai fui para Pai, onde estive cerca de 4 dias, após esses dias de passeios, descanso e boa vida, decidi que o mar não podia esperar mais. Por isso rumei num autocarro nocturno em direcção a Bangkok de onde apanhei o primeiro comboio nocturno para uma cidade com o nome de Trang no sul da Tailândia. Dai segui na primeira mini-van que vi para uma aldeia pescatória que se chama Had Yao! Sem saber como nem porquê neste fim do mundo, onde jamais pensei estar antes, um novo mundo se abriu.

Chiang Mai: Wat Sadoe Muang

Momentos em pensamentos :)

Quando pensei na viagem, o meu único objectivo para o Sudoeste asiático era viver com pescadores no delta do rio Mekong, no sul do Vietname, ora isso não aconteceu por diversos motivos, mas aconteceu outra coisa: vivi numa comunidade de pescadores no sul da Tailândia. Conheci pessoas fantásticas, não fui à pesca mas pude comer côcos directamente apanhados de coqueiros, peixe fresco do mar, praia e mar sem fim, pude usar um pouco mais do meu horrível tailandês para tentar comunicar e foi uma semana fora de série. Conheci ainda um canadiano de nome Mac que estava de férias neste local, onde já vem há cerca de 20 anos; um grupo de estudantes americanos que ali estão a desenvolver um projecto de sustentabilidade e desenvolvimento por 6 meses; um grupo de professores ocidentais e ainda a Cissé, uma francesa que passou as férias na Tailândia durante o mês de Abril e que ruma a França nos próximos dias e que foi a minha companheira de explorações sem fim por esta costa belíssima, com praias secretas, esconderijos de piratas, águas quentes, estradas fáceis de percorrer em scooter, enfim, uma catrefada de aventuras.

Had Yao: Praia em frente à minha cabana

Côco todos os dias? Não, mas quase! Bela água :P

Quais as probabilidades de no fim do mundo encontrar tudo o que se procura? Há uma recompensa em cada acto, em cada gesto e palavra que dizemos, há um momento em que tudo volta a nós para nos enriquecer e nos elevar. Nesse momento de plena felicidade por sermos nós e sermos completos, tudo faz sentido e tudo vem na medida duas vezes superior há medida com que nos entregámos ao mundo. No fim do mundo que procurei e onde por acidente me encontrei, começou um novo mundo que explorei com todo o meu ser. No princípio da minha volta ao mundo terminou um mundo de hipóteses e sentidos, começou com um salto para o escuro, para o desconhecido, um novo mundo que estou a viver e a descobrir. Mundo que me torna mais consciente, mais próximo da natureza e do homem, mundo que me faz mais forte e mais convicto que todos somos fundamentais neste universo de possibilidades, diferenças e energia. Com uma simples vontade, criei um gesto, um movimento que nada nem ninguém pode parar. Uma acção que permitiu muitas outras acções desenrolarem-se em paralelo e que me permite encontrar nos horizontes que cruzo um final dum mundo novo, onde outro mundo se abre em ampla perspectiva e sem julgamento. A vida é para ser vivida e não contida! É para ser uma busca interior de quem somos e onde devemos ir. Não há rumo certo nem paz certa, há sim um momento, um local, uma ou mais pessoas, algo que vem ao nosso caminho e que nos faz sentir bem, plenos um momento em que tudo faz sentido. É ai, nesse espaço e tempo que devemos ficar enquanto tudo faz sentido. Depois, bom depois é outro salto, braços abertos, olhos abertos, coração aberto e todo um leque de caminhos e opções; todo um mar de ondas com maior ou menor período onde os sobe e desce da vida assentam perfeitamente.

Do outro lado do monóculo as coisas são o que são, não o que aparentam ser! Nada como explorar o outro lado, descobrir a imagem toda :)

Tailândia, terra de contradições, de corrupção, de esquemas internacionais. Terra de sorrisos gentis, mulheres bonitas, praias e montanhas únicas, monções e ainda assim do cumprimento mais terno e doce de sempre!

Adeus Tailândia, olá Malásia!